Histórico

HISTÓRICO DA PASTORAL FAMILIAR NA ARQUIDIOCESE DE MONTES CLAROS, MG

Em 1981 o Papa João Paulo II lançou um documento sobre a família intitulado EXORTAÇÃO APOSTÓLICA FAMILIARIS CONSORTIO, trazendo as conclusões do Sínodo sobre a família, realizado em 1980. Na 4ª parte desse documento ele traçava as diretrizes para a Pastoral Familiar.
No Brasil já existiam muitos movimentos e serviços que trabalhavam com a família, cada um com seus carismas e seus métodos, mas que pretendiam atingir a família a partir do casal. A CNBB promoveu então um encontro de todos estes movimentos e serviços, no sentido de implantar-se uma Pastoral Familiar, mais ampla e abrangente, tendo em vista que a família enfrentava e ainda enfrenta muitos desafios e também pela nova realidade da família.
Pesquisa realizada em nível nacional detectou que 35% das famílias viviam em uniões consensuais, 12% em segunda ou terceira união, 10% são famílias monoparentais e muitas outras em situações especiais e era preciso EVANGELIZAR A FAMÍLIA E TODAS AS FAMÍLIAS em qualquer situação ou etapa em que ela se encontrasse. Surgiu então a sistematização da Pastoral Familiar, trabalhando em três setores distintos:

o pré-matrimonial, que atinge crianças, adolescentes, jovens, namorados e noivos;

o Pós-matrimonial que trabalha com recém-casados, casais e pais e:

o Setor Casos Especiais que alcança um grande número de famílias que se encontram em outras situações , como separados, divorciados, viúvas, mães e pais solteiros, casais em segunda união e tantas outras que se encontram em situações especiais ou irregulares e que são acolhidas pela Pastoral familiar
Em novembro de 1988 foi realizada na então Diocese de Montes Claros.quando era Bispo Diocesano Dom Geraldo Majela de Castro e Coordenador Diocesano de Pastoral o Padre Raimundo Tadeu de Carvalho, a 1ª Assembléia Diocesana de Pastoral Familiar com objetivo de organizar-se esta pastoral em nossa Diocese. A primeira missão dada à equipe provisória que se formou naquela ocasião foi reorganizar o “Curso de Noivos” que existia, levando-o numa nova metodologia a todas as Paróquias.
Hoje a Pastoral familiar conta com 21 anos de atuação, existindo em todas as Paróquias da Arquidiocese e seus trabalhos são dirigidos a evangelização de crianças, adolescentes, jovens, namorados, preparação de noivos para o matrimônio, casais, recém-casados, pais, casais em segunda união, famílias incompletas, famílias que vivem em uniões consensuais, transformando a família de objeto a sujeito da evangelização. Com o trabalho da Pastoral Familiar, os jovens são preparados desde uma época remota até imediata para assumirem o seu matrimônio; os casais são conscientizados a viverem bem seu casamento e a um melhor diálogo com seus filhos e as famílias que vivem em uniões consensuais passam por uma transformação social, deixando de serem excluídas e sendo acolhidas na comunidade.
A Pastoral Familiar tem elaborado cartilhas que ajudam os agentes a desenvolver os trabalhos junto às famílias e essas têm sido distribuídas em todo o Brasil, como modelo às Dioceses que ainda carecem de material .
Há de se ressaltar que a nossa Arquidiocese foi pioneira no acolhimento de noivos nas casas dos agentes, sendo a sua cartilha implantada em 1997, tornando-se uma norma para toda a Diocese.
Todos os anos é celebrada a Semana Nacional da Família, como um dos momentos fortes de evangelização das famílias e em 2002 foi inaugurado o CENTRO DE ORIENTAÇÃO FAMILIAR, com atendimento jurídico, psicológico e espiritual , orientação e aconselhamento às famílias carentes.

Seria exaustivo mostrar nesse espaço de tempo a estatística dos trabalhos realizados pela Pastoral Familiar na Arquidiocese nesses 21 anos, mas queremos destacar alguns números expressivos, como:
Até dezembro de 2009:
45.520 ADOLESCENTES TRABALHADOS (através do EAC-Encontro de Adolescentes com Cristo)
12.640 JOVENS (Movimento de Amizade Cristã e Encontros de Jovens com Cristo)
740 CASAIS DE NAMORADOS
36.495 NOIVOS PREPARADOS PARA O MATRIMÕNIO
560 RECÉM-CASADOS
20.637 CASAIS QUE VIVAM AJUNTADOS E QUE FORAM EVANGELIZADOS,TORNANDO-SE ACOLHIDOS NA COMUNIDADE, MUITOS DELES TRANSFORMANDO-SE EM NOVOS AGENTES DE PASTORAL
740 CASAIS EM SEGUNDA UNIÃO(Encontro com o Bom Pastor)
420 PESSOAS (através do EC – Encontro com Cristo)

Nesses 21 anos muitas atividades foram realizadas, além da evangelização da família:
19 Assembléias Arquidiocesanas para estudo, avaliação e planejamento, realizadas no mês de novembro de cada ano;
Inúmeros Encontros para formação de Agentes, em nível Paroquial, Setorial e Arquidiocesano;
Reunião Ampliada de Pastoral para estudo da Pastoral familiar por todas as demais pastorais.
Realização do CONGRESSO PROVINCIAL DA FAMÍLIA
Cursos de Planejamento familiar
Cursos , Seminários e debates sobre a vida
Realização da SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA em todos os anos.
Montes Claros sediou o CONGRESSO MACRORREGIONAL DE PASTORAL FAMILIAR, recebendo participantes dos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais e o CONGRESSO NACIONAL DO ECC, com participantes de todo o Brasil.
Na Assembléia Diocesana de Pastoral realizada em 1994, foi colocada como uma prioridade da Diocese e hoje encontra-se implantada em quase todas as Paróquias.

Não poderíamos deixar de prestar uma homenagem nesse momento ao querido e saudoso Papa João Paulo II, aclamado o Papa da Família, pelos vários documentos e pronunciamentos a favor da família e da vida e que através da sua convocação para os ENCONTROS MUNDIAIS DA FAMÍLIA COM O PAPA, proporcionou um grande estímulo e apoio às famílias de todo o mundo e à própria Pastoral familiar, quando pedia insistentemente aos Bispos que dessem uma atenção especial à Pastoral Familiar em suas Dioceses.

A Pastoral Familiar da Arquidiocese de Montes Claros tem sido modelo para várias Dioceses do Brasil. Segundo o Papa Bento XVI no Documento de Aparecida, “visto que a família é o valor mais querido por nossos povos, cremos que se deve assumir a preocupação por ela como um dos eixos transversais de toda ação evangelizadora da Igreja. Em toda Diocese se requer uma Pastoral Familiar intensa e vigorosa para proclamar o evangelho da família, promover a cultura da vida, e trabalhar para que os direitos das famílias sejam reconhecidos e respeitados.”

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